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Quanto tempo a imunidade volta ao normal depois da quimioterapia?

Postado em: 03/07/2023

O tratamento do câncer busca cura ou alívio dos sintomas, como a quimioterapia, que pode causar efeitos colaterais variados. Alguns mais intensos, como a neutropenia, aumentam o risco de infecções graves. Se notar efeitos colaterais, contate seu médico. Neste artigo, abordaremos quanto tempo leva para a imunidade melhorar após a quimioterapia. Continue lendo!

Recuperação da Imunidade após Quimioterapia

O que é quimioterapia?

A quimioterapia utiliza medicamentos que matam as células tumorais com sua toxicidade. Em princípio, o tratamento mata todas as células que se dividem rápido e, como os tumores podem se dividir rapidamente, os quimioterápicos acabam matando as células tumorais. No entanto, outras células também se dividem rapidamente, como do cabelo, unhas, células da defesa do organismo e mucosas, por isso os fármacos são tóxicos para essas células.

O tratamento consiste na aplicação de medicamentos para combater as células que formam os tumores e tem o objetivo de destruir as células cancerosas. Como atuam em diversas etapas do metabolismo celular, essas medicações alcançam as células malignas em qualquer parte do organismo.

A aplicação da quimioterapia é definida pelo médico oncologista e pode ser realizada durante a internação ou em ambulatório.

O tratamento quimioterápico pode contar com um único medicamento ou com a combinação de vários deles (mistura de drogas e doses), geralmente por via intravenosa (na veia ou por cateteres) ou via oral (comprimidos ou cápsulas).

Planejando o tratamento

O oncologista determina a medicação ou a combinação de medicamentos quimioterápicos indicados para cada caso, assim como a dose, via de administração, frequência e tempo de tratamento. Todas essas decisões dependem do tipo de câncer, da localização do tumor, do estadiamento da doença, de como o tumor afeta as funções do organismo e do estado geral de saúde do paciente.

Muitas vezes, a quimioterapia é o único tratamento indicado. Mas, geralmente é administrada junto com cirurgia, radioterapia ou com ambas. Às vezes, também, pode ser administrada com outros medicamentos, como terapia-alvo, hormonioterapia ou imunoterapia.

A quimioterapia pode ser usada em diferentes situações:

  • Para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou da radioterapia (terapia neoadjuvante).
  • Após cirurgia ou radioterapia para destruir as células cancerígenas remanescentes (terapia adjuvante).
  • Com outros tipos de medicamentos para matar as células cancerígenas, como terapia-alvo ou imunoterapia.
  • Junto com outros tratamentos, se a doença recidivar ou não desaparecer completamente.

Efeitos colaterais da quimioterapia

Os efeitos colaterais mais frequentes provocados pela quimioterapia dependem do paciente, dos medicamentos utilizados, da dose administrada e do tempo de tratamento.

Efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante a quimioterapia são:

  • Fadiga.
  • Perda de cabelo (alopécia)
  • Hematomas e hemorragias.
  • Infecção.
  • Anemia.
  • Náuseas e vômitos.
  • Perda de apetite.
  • Diarreia ou constipação.
  • Inflamações na boca.
  • Problemas de deglutição.
  • Problemas neurológicos e musculares, como dormência, formigamento e dor.
  • Alterações da pele e unhas, como pele seca e alteração na cor.
  • Problemas renais.
  • Perda de peso.
  • Problemas de concentração.
  • Alterações no humor.
  • Alterações na libido.
  • Infertilidade.

Embora os efeitos colaterais sejam desagradáveis, eles devem ser avaliados​​ analisando os prós e contras para o controle da doença.

Alguns pacientes têm poucos efeitos colaterais (quando os apresentam), outros têm um pouco mais. Mas é incomum um único paciente ter todos os tipos de efeitos colaterais. A intensidade dos efeitos colaterais varia de pessoa para pessoa.

Tempo de duração dos efeitos colaterais

Muitos efeitos colaterais desaparecem rapidamente após o término do tratamento, mas alguns podem levar meses ou até anos para desaparecer completamente.

Alguns efeitos podem ser de longo prazo, como os problemas causados a órgãos como coração, pulmões, rins ou órgãos reprodutivos. Certos tipos de quimioterapia, às vezes, podem causar um segundo câncer, que pode aparecer muitos anos após o término do tratamento.

No tratamento de tumores sólidos (tais como mama, pulmão, colon, ovário), os protocolos de  quimioterapia em geral causam neutropenia (diminuição das células de defesa) mais intensa dentro de 7 a 14 dias após a infusão.  A recuperação das células demora cerca de 21 dias. Alguns protocolos de quimioterapia podem causar neutropenia mais intensa, com necessidade do uso preventivo de medicamentos que atuem estimulando a medula óssea a produzir as células de defesa. Vale lembrar que o sistema imunológico é muito complexo e depende de diferentes tipos de células e mecanismos para funcionar adequadamente. Desta forma, todo paciente realizando quimioterapia deve estar alerta aos sinais e sintomas de infecção durante todo o ciclo, tais como febre, calafrios, tosse com expectoração, ardor ao urinar, entre outros sintomas.

Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês São Paulo, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.

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