imagem que representa a logomarca

Atendimento
Seg a Sex das 9h às 18h

Câncer de mama masculino: Sintomas e prevenção

Postado em: 10/01/2024

Qualquer alteração ou nódulo no peito ou na axila pode ser um sinal de câncer de mama masculino. Apesar de raro, o cancro da mama também pode acometer homens. Os casos representam 1% de todos os diagnósticos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Como o público masculino não está familiarizado com os sintomas, o diagnóstico do câncer de mama muitas vezes ocorre em estágios avançados. Em 2020, o Brasil registrou 207 mortes de homens decorrentes dessa condição.

Câncer de mama masculino: Sintomas e prevenção

O câncer de mama atinge cerca de 1 em cada 800 homens ao longo da vida, em comparação com 1 em cada 8 mulheres. Apesar da baixa incidência em homens, a importância do diagnóstico precoce não pode ser subestimada. Qualquer sinal suspeito deve ser prontamente avaliado por um médico.

Aqui, vamos abordar os principais sintomas do câncer de mama masculino e apresentar as melhores estratégias de prevenção. Confira e cuide da sua saúde!

Sintomas

O câncer de mama costuma não apresentar sintomas visíveis até alcançar estágios avançados. No entanto, os sinais são semelhantes tanto em homens quanto em mulheres, incluindo:

  • Caroço na mama.
  • Mamilo virando para dentro (inversão).
  • Caroço nos gânglios linfáticos (embaixo da axila).
  • Ferida ou erupção cutânea ao redor do mamilo que não desaparece.
  • Secreção no mamilo clara ou com sangue.
  • Vermelhidão, enrugamento ou descamação da pele na mama.

Quais são os fatores de risco?

Diversos fatores podem aumentar a chance de um homem ter câncer de mama.

Envelhecimento: o risco de câncer de mama aumenta com a idade, sendo a maioria dos casos diagnosticada após os 50 anos.

Mutações genéticas: alterações hereditárias (mutações) em genes, como BRCA1 e BRCA2, aumentam a probabilidade de cancro da mama.

História familiar: a chance de um homem ter câncer de mama é maior se um familiar próximo já teve a doença.

Radioterapia: homens que passaram por tratamentos de radioterapia no tórax apresentam maior risco de contrair câncer de mama. 

Terapia hormonal: medicamentos que contêm estrogênio (hormônio responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características sexuais femininas), utilizados anteriormente no tratamento de câncer de próstata, elevam o risco de câncer de mama em homens.

Síndrome de klinefelter: a síndrome de klinefelter é uma condição genética rara na qual um homem possui um cromossomo X extra. Isso pode resultar em uma produção aumentada de estrogênio e níveis reduzidos de andrógenos (hormônios essenciais para desenvolver e manter as características sexuais masculinas).

Condições que afetam os testículos: inflamação prévia nos testículos e a remoção cirúrgica dos testículos podem aumentar o risco de câncer de mama.

Doença hepática: a cirrose hepática pode reduzir os níveis de andrógenos e subir os níveis de estrogênio, elevando a probabilidade de câncer de mama em homens.

Excesso de peso e obesidade: homens mais velhos com sobrepeso ou obesidade têm maior chance de desenvolver câncer de mama em comparação aos de peso normal.

O que posso fazer para reduzir o risco?

Se vários membros da sua família tiveram câncer de mama ou de ovário, ou se algum deles possui uma mutação conhecida no BRCA1 ou BRCA2, compartilhe essas informações com o seu oncologista. Ele pode encaminhá-lo para aconselhamento genético. Nos homens, mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 podem aumentar o risco não apenas de câncer de mama, mas também de câncer de próstata de alto grau e câncer de pâncreas. 

Se o teste genético mostrar que você tem uma mutação no gene BRCA1 ou BRCA2, seu médico explicará os passos para a detecção precoce do tumor, caso ele ocorra.   Tomar medidas preventivas com base nessas informações é fundamental para preservar sua saúde.

Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico dos Oncologistas Associados, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.

Leia também:

Imunoterapia para câncer: avanços e possibilidades


O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 5 / 5. Número de votos: 1

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.