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Imunoterapia e Reações Adversas: Gerenciando Efeitos Colaterais Comuns

Postado em: 21/04/2025

A Imunoterapia tem revolucionado o tratamento do câncer, oferecendo uma abordagem inovadora para diferentes tipos de tumores. 

No entanto, como qualquer tratamento oncológico, ela pode gerar efeitos colaterais. 

A seguir, entenda os efeitos mais comuns nessa modalidade e como gerenciá-los adequadamente!

O que é a imunoterapia?

AImunoterapia é uma abordagem inovadora que vem sendo indicada em muitos casos de câncer de pulmão, mama, rim, bexiga, melanoma e linfomas, entre outros. 

Imunoterapia e Reações Adversas_ Gerenciando Efeitos Colaterais Comuns
Imunoterapia e Reações Adversas: Gerenciando Efeitos Colaterais Comuns 2

Essa estratégia estimula o próprio sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerígenas, podendo resultar em uma resposta mais duradoura e eficaz contra a doença quando aplicada nos casos adequados.

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Como surgem os efeitos colaterais da imunoterapia?

A imunoterapia age bloqueando os mecanismos que o câncer usa para escapar do sistema imunológico, permitindo que as células de defesa ataquem o tumor. 

No entanto, esse mesmo processo pode, em alguns casos, levar o sistema imunológico a atacar células saudáveis do corpo, gerando inflamações.

Os efeitos colaterais imunomediados podem afetar diferentes sistemas do organismo. Alguns exemplos incluem:

  • Pneumonite: inflamação dos pulmões, que pode causar tosse seca e dificuldade para respirar (o que caracteriza um quadro mais grave).
  • Hepatite: inflamação do fígado, detectada por exames laboratoriais.
  • Nefrite: inflamação nos rins, podendo comprometer a função renal.
  • Tireoidite: inflamação na tireoide, resultando em alterações hormonais.
  • Dermatite: inflamações na pele que podem causar vermelhidão e coceira.

Embora a maioria desses efeitos seja leve e controlável, alguns podem evoluir para quadros mais graves, exigindo intervenção médica.

Efeitos colaterais mais comuns e como manejá-los

Os efeitos adversos mais frequentes da imunoterapia costumam ser leves e não requerem a suspensão do tratamento. 

No entanto, é essencial que o paciente e sua equipe médica estejam atentos a qualquer sinal de reação imunomediada.

Entre os efeitos colaterais mais comuns, destacam-se:

  • Alterações na pele: pode ocorrer vermelhidão, coceira e ressecamento da pele, geralmente resolvidos com hidratação e cremes específicos.
  • Diarreia leve: pode surgir devido à inflamação no trato gastrointestinal e, em muitos casos, melhora rapidamente com ajustes na alimentação e hidratação adequada.
  • Fadiga e cansaço: são comuns, mas costumam ser menos intensos do que os causados pela quimioterapia. Descanso e acompanhamento nutricional ajudam a minimizar esse sintoma.
  • Hipotireoidismo: uma consequência frequente da tireoidite induzida pela imunoterapia, pode ser controlado com reposição hormonal via oral, quando necessário.
  • Em casos mais graves, como pneumonite e hepatite autoimune, pode ser necessária a suspensão temporária do tratamento e o uso de corticoides para modular a resposta imunológica.

Acompanhamento rigoroso para segurança do paciente

Monitorar a resposta do organismo à imunoterapia é indispensável para garantir um tratamento eficaz e seguro. 

O acompanhamento médico deve incluir:

  • Avaliação clínica frequente: consultas regulares para identificar possíveis sinais de toxicidade imunomediada.
  • Exames laboratoriais periódicos: para verificar funções hepática, renal, hematológica e hormonal.
  • Questionamento sobre sintomas: o paciente deve relatar qualquer alteração percebida, mesmo que pareça insignificante.

A maioria dos efeitos adversos da imunoterapia pode ser manejada sem interromper o tratamento, garantindo que o paciente continue a se beneficiar dessa estratégia terapêutica inovadora.

Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico dos Oncologistas Associados e Grupo Orizonti, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.

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