Quais os primeiros sintomas de câncer de pulmão?
Postado em: 31/05/2021
O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, mas assume o primeiro lugar em todo o mundo tanto em incidência quanto em mortalidade.
Mas, segundo dados do INCA, felizmente a incidência da doença vem caindo, graças à diminuição da prevalência do tabagismo conferida em ambos os sexos.
Afinal, a grande maioria dos casos diagnosticados de câncer de pulmão, cerca de 85%, está associada ao cigarro, seja pelo tabagismo ou exposição passiva ao tabaco, sendo essa a principal causa da doença. Ademais, existem outros fatores de risco que devem ser considerados, como:
- Exposição a determinados agentes químicos ou metais pesados;
- Fatores genéticos;
- Doença obstrutiva crônica (como enfisema pulmonar e bronquite);
- Histórico familiar de câncer de pulmão.
Assim como a maioria dos cânceres, o de pulmão também, muitas vezes, não apresenta sintomas iniciais, fazendo com que grande parte dos casos seja diagnosticada tardiamente, em fase avançada, o que limita as possibilidades de tratamento e, portanto, as chances de cura.
Mas, existem alguns sinais e sintomas característicos da doença que merecem atenção, como:
- Tosse frequente que não melhora com o tempo;
- Mudança no padrão da tosse do fumante;
- Tosse com sangue ou escarro com cor de ferrugem;
- Falta de ar, rouquidão ou chiado no peito;
- Crises frequentes de bronquite ou pneumonia;
- Dor no peito constante que se intensifica ao tossir, respirar fundo ou dar risada;
- Dor no braço ou ombro;
- Perda de apetite e de peso corporal sem motivo aparente;
- Fraqueza ou cansaço;
- Inchaço no rosto ou pescoço.
Ao surgirem os primeiros sintomas, principalmente quando existe uma associação com algum fator de risco, é imprescindível procurar por um especialista o quanto antes, uma vez que caso se trate de câncer de pulmão, o diagnóstico em estágio inicial aumenta significativamente a chance de sucesso no tratamento.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento?
Antes de tudo, se investiga a história do paciente, levando em conta os seus sinais e sintomas, bem como são solicitados exames de imagem do tórax, a fim de identificar a existência de alguma lesão no pulmão.
E, caso positivo, o médico deverá solicitar exames complementares, como ressonância magnética, tomografia computadorizada, broncoscopia (endoscopia respiratória) e uma biópsia de partes do tecido lesionado do pulmão, para a conclusão do diagnóstico.
Se confirmada a doença, então, é realizado o estadiamento (por meio de vários exames) para avaliar a extensão da doença, ou seja, se o tumor está restrito ao pulmão ou se houve disseminação para outros órgãos.
Dependendo do tipo histológico (tipo de célula) do câncer de pulmão e o grau de evolução da doença, será adotado o tratamento mais adequado por uma equipe multidisciplinar, que geralmente envolve a combinação de cirurgia com quimioterapia e radioterapia.
Também são consideradas nessa decisão as condições clínicas do paciente e outras doenças pré-existentes. E, em alguns casos, também pode ser adotada a medicação por meio da terapia-alvo para o tratamento.
A cirurgia é a modalidade que proporciona melhores resultados e o controle da condição, uma vez que consiste na retirada do tumor e de uma margem de segurança, incluindo a remoção dos devidos linfonodos.
Entretanto, por conta do diagnóstico tardio na maioria dos casos, apenas 20% dos pacientes, em média, conseguem ser tratados pelo procedimento cirúrgico. Ou seja, cerca de 80% a 90% dos casos não são passíveis desse tipo de tratamento, pois têm a doença detectada quando já se encontra em estágio avançado ou devido à condição clínica debilitada do paciente.
Mas vale ressaltar que hoje em dia os pacientes podem contar com tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais, quando comparados às opções antigas, propiciando cada vez mais uma melhor qualidade de vida e sobrevida.
Como se prevenir do câncer de pulmão?
Uma vez que se tem conhecimento sobre o principal fator de risco da doença, que está diretamente ligado à exposição e consumo do tabaco, não fumar se torna a primeira e mais importante medida de prevenção do câncer de pulmão.
Afinal, em relação aos não fumantes, os tabagistas possuem cerca de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver essa condição.
Do mesmo modo, deve-se evitar a exposição a certos agentes químicos e metais pesados, que são utilizados principalmente em ambientes de trabalho, como:
- Arsênico;
- Asbesto;
- Berílio;
- Urânio;
- Cromo;
- Radônio;
- Gás de mostarda;
- Níquel;
- Cádmio;
- Cloreto de Vinila;
- Éter de clorometil.
Além disso, vale tomar os cuidados gerais, mantendo uma alimentação e hábitos de vida saudáveis, controle na suplementação de vitaminas, principalmente de betacaroteno ou vitamina A em fumantes, e evitar a exposição à poluição do ar.
Para quem fuma ou fumou por mais de 10 anos, é importante manter um acompanhamento médico, realizando exames de imagem, como radiografias ou uma tomografia do pulmão, a cada um ou dois anos.
Está apresentando algum dos sintomas citados? Entre em contato e agende a sua consulta para fazer uma avaliação clínica e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.