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Conheça os benefícios da terapia-alvo molecular na cura do câncer

Postado em: 22/02/2021

Com abordagem individualizada e baseada em medicamentos desenvolvidos para agir sobre alterações genéticas específicas, a Terapia-Alvo Molecular consolida-se como tratamento que representa avanço no tratamento do câncer.

Dessa forma, além da abordagem individualizada no diagnóstico e tratamento, o paciente deve ainda receber apoio multiprofissional, de modo a garantir amparo de diferentes formas. Assim, não basta somente oferecer o tratamento químico. Com a equipe multiprofissional, acolhimentos específicos são feitos com o paciente oncológico!

Mas afinal, o que é Terapia-Alvo Molecular? Para que serve? Ela assemelha-se com a quimioterapia? Vamos entender melhor a questão.

Terapia-Alvo Molecular

Antes de mais nada, sabe-se que as células cancerígenas são alvos de muitos estudos pela medicina. Ao longo dos anos, suas propriedades e formas de ação foram descobertas, além é claro, de formas de combate e mitigação.

Nesse sentido, a partir do melhor entendimento dos genes, proteínas e outras moléculas cancerosas, foi possível desenvolver um novo tipo de tratamento, chamado de Terapia-Alvo.

Em suma, o principal objetivo desta terapia é a neutralização das células do câncer, inibindo sua atividade e crescimento. Dessa forma, os medicamentos utilizados são diferentes dos da quimioterapia, por exemplo. Além disso, apresenta ainda efeitos diferentes.

A princípio, os meios mais conhecidos de tratamento oncológico são a quimioterapia e a radioterapia. A Terapia-Alvo promete ser mais específica, evitando atingir células saudáveis, resultando em menos efeitos colaterais!

Portanto, como ela funciona?

Como funciona a Terapia-Alvo?

Como dito anteriormente, com os avanços nos estudos sobre as células do câncer, pode-se conhecer a fundo como elas funcionam. Assim, os medicamentos da terapia-alvo desenvolvem-se de acordo com as características específicas dessa célula, atacando-as com mais eficiência.

Como resultado, essas substâncias localizam e bloqueiam a disseminação do câncer. Os medicamentos baseiam-se em fatores de reprodução celular, ou seja, onde existe a multiplicação de células iguais de forma descontrolada. Além disso, identificam e também atingem determinados processos considerados anormais dentro do organismo.

De antemão, já existem uma série de terapias alvo aprovadas para os mais diversos tipos de câncer. Vamos conhecer algumas?

Tipos de câncer e tratamento

Em síntese, a lista abaixo apresenta alguns tipos de câncer, como tratamento por terapia-alvo, já aprovados. São eles:

  • Melanoma: Em suma, 50% dos melanomas têm mutação no gene BRAF. Pesquisas recentes mostram que essas mutações produzem bons alvos para medicamentos por terapia alvo. Contudo, não deve ser utilizado por pacientes cujos tumores não possuem essas mutações!
  • Câncer colorretal: Geralmente, esse tipo de câncer produz em excesso a proteína de fator de crescimento epidérmico(EGFR). Os medicamentos da terapia bloqueiam e podem ser eficazes para deter ou retardar o crescimento do câncer colorretal.
  • Câncer de Mama: 20 a 25% dos casos de câncer de mama tem a proteína denominada receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2(HER2), estimulante de crescimento de células tumorais. Dessa forma, existem várias terapias alvo disponíveis como tratamento.
  • Câncer de pulmão: A terapia-alvo também está disponível para o tratamento do câncer de pulmão com mutação nos genes ALK e ROS. Assim, medicamentos que bloqueiam a proteína EGFR são eficazes em retardar o crescimento do câncer de pulmão!

Por fim, vale ressaltar, que embora o desenvolvimento das terapias-alvo seja importantes no tratamento do câncer, apenas alguns podem são tratados com esses medicamentos. Ou seja, necessita-se ainda das principais técnicas de remoção de tumores, como a quimioterapia, radioterapia, etc.

Apesar de a abordagem parecer simples, ela é complexa, e nem sempre eficaz. Em suma, se a terapia-alvo não tiver um alvo específico, o tratamento não terá sucesso. Analogamente, ter o alvo, também não significa que o tumor responderá ao medicamento. Além disso, a resposta pode também ser temporária.

Assim, como identificar o alvo? Como o tratamento é prescrito nestas situações?

Encontrando o alvo do tratamento

Em síntese, para a determinação da prescrição da terapia-alvo, existe um teste, chamado de teste molecular. Se o teste for favorável,utiliza-se o tratamento.

Contudo, em alguns casos, não realiza-se o teste. Isto, pelo fato do tumor apresentar uma via de alteração celular facilmente identificada pelo medicamento.

Dessa forma, partimos para os alvos. Eles podem ser genes que apresentem mutações, proteínas que só apareçam em células cancerosas, proteínas com alterações anormais nas células e até mesmo proteínas que apareçam em maior quantidade nas células do câncer do que em células saudáveis. Assim, qualquer um dos fatores acima citados configura um quadro para a prescrição da terapia alvo.

Portanto, a prescrição depende do tipo de câncer, estágio e das condições de saúde do paciente. Além disso, embora menos frequentes, ainda é possível que existam efeitos colaterais, que vão ser comentados mais adiante.

Efeitos colaterais da terapia-alvo

O tratamento com medicamentos da terapia-alvo são administrados via oral. Com comprimidos e cápsulas. Assim, pode ocorrer a interação destes com outros medicamentos, com antigripais. Contudo, os efeitos colaterais observados são diferentes daqueles por terapia convencional.

Dessa forma, podem ocorrer náuseas, vômito e quedas de cabelo, porém, em menor intensidade do que na terapia convencional.

Outros efeitos que são observados incluem erupções cutâneas, ressecamento da pele e fadiga. Há relatos ainda de insuficiência cardíaca.

Portanto, qual a melhor forma de amenizar estes efeitos colaterais?

Amenização dos efeitos colaterais da terapia-alvo

Um dos fatores mais importantes para evitar efeitos colaterais, é sempre seguir a orientação médica quanto à dosagem e os horários de tomar medicação. É de extrema importância dar atenção a esses fatos.

Além disso, cuidar da pele, especialmente com os raios solares. Deve-se evitar a exposição, sobretudo entre as 10h às 16h. Manter a pele hidratada e protegida, mesmo que não haja sol no momento.

Por último, relate sempre ao médico se fizer uso de outros medicamentos, que não sejam associados ao tratamento. Como dito acima, eles podem interagir de forma prejudicial com os da terapia-alvo.

Saiba mais sobre a terapia-alvo, agende uma consulta com um especialista! 

Artigo escrito pelo Dr. Marcelo Cruz

Oncologista especialista em câncer de mama, pulmão, ovário, cólon e pâncreas.


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