Como tratar câncer em crianças?
Postado em: 30/10/2020
Os cânceres em crianças costumam ser mais agressivos e avançam de maneira rápida. Mas a boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura pode chegar a 90%.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) registra 12 mil novos casos de câncer infantil ao longo dos anos. E os tipos mais comuns são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas e tumores sólidos como o neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms.
O câncer pediátrico possui características distintas em relação ao câncer em adultos. As células que sofrem a mutação no material genético não conseguem amadurecer como deveriam e permanecem com as características semelhantes da célula embrionária, multiplicando-se de forma rápida e desordenada. Por isso, a proliferação do tumor é mais rápida em crianças.
O câncer em adultos está geralmente ligado ao envelhecimento, tabagismo, álcool, entre outros riscos de exposição, já o câncer infantil não tem relação com fatores ambientais e de estilo de vida.
Principais sintomas de câncer em crianças
É importante prestar atenção a alguns sinais e sintomas, como:
- Perda de peso contínua e inexplicável;
- Dores de cabeça com vômito de manhã;
- Aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações;
- Protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local;
- Desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão;
- Febres recorrentes não causadas por infecções;
- Hematomas excessivos ou sangramento, geralmente repentinos;
- Palidez perceptível ou cansaço prolongado.
Quais os tratamentos indicados para câncer em crianças?
No passado, o câncer pediátrico era sinônimo de sofrimento, já que a criança ficava meses internada. Hoje em dia, a maioria das quimioterapias é ambulatorial e não requer internação.
O fator mais importante na escolha do tratamento é o tipo de câncer, sendo o principal deles a quimioterapia.
Contudo, para algumas crianças com leucemias de alto risco, a quimioterapia em altas doses pode ser administrada junto com transplante de medula óssea. Outro tipos de tratamentos, como terapia alvo, cirurgia e radioterapia são utilizados em circunstâncias especiais.
É importante que todas as opções de tratamento sejam conversadas com o médico e seus efeitos colaterais também, para ajudar a tomar a melhor decisão e adaptar-se às necessidades de cada paciente.
Artigo escrito pelo Dr. Marcelo Cruz
Oncologista especialista em câncer de mama, pulmão, ovário, cólon e pâncreas