Diagnóstico precoce em Tumores Gastrointestinais
Postado em: 16/12/2024
Os Tumores Gastrointestinais incluem uma ampla gama de cânceres que afetam órgãos como o esôfago, estômago, fígado, pâncreas e intestino.
O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial na melhoria das taxas de sobrevivência e na personalização do tratamento.
Esses tumores são, muitas vezes, silenciosos em estágios iniciais, de modo que realizar exames específicos que permitem sua identificação pode salvar vidas. Também é essencial reconhecer os sinais quando eles começam.
Continue sua leitura e saiba mais sobre pontos importantes para o diagnóstico precoce!
Sinais de alerta para diagnóstico precoce de tumores gastrointestinais
Ausência de sinais iniciais
Muitas vezes, oz “Tumores Gastrointestinais“ começam sem sintomas ou sinais, sendo descobertos apenas em exames realizados para prevenção.
Possíveis sinais
Quando começam a aparecer, os sinais podem ser inespecíficos ou confundidos com condições menos graves.
No entanto, certos sinais devem ser investigados imediatamente.
Alguns desses sintomas podem, inclusive, indicar câncer em estágios mais avançados.
No geral, são exemplos:
- Alterações digestivas: Náuseas, vômitos, sensação de empachamento (Sentir que não liberou as fezes completamente ao evacuar) e mudanças nos hábitos intestinais, como diarreia ou constipação, devem ser avaliadas.
- Icterícia: Amarelamento da pele e dos olhos, muitas vezes associado ao câncer de pâncreas ou fígado.
- Sangue nas fezes: Pode ser perceptível ou ser visível apenas em exames laboratoriais.
- Alteração no formato ou consistência das fezes: Podem se tornar mais finas ou pastosas, por exemplo.
- Cólica abdominal: Pode ser um desconforto frequente.
- Dor abdominal persistente: Uma dor contínua, especialmente na região superior do abdômen, pode indicar alterações importantes no sistema digestivo.
- Anemia inexplicável: Pode resultar em sangramento interno no intestino.
- Perda de peso inexplicada: A perda de peso sem mudanças na dieta ou rotina pode ser um indicativo de câncer.
- Cansaço intenso: Pode decorrer da anemia ou da progressão da doença.
Embora esses sintomas possam estar relacionados a outras condições, sua persistência exige investigação médica detalhada.
Grupos de alto risco: quem são?
Algumas pessoas têm maior probabilidade de desenvolver tumores gastrointestinais. Alguns grupos de risco incluem:
- Histórico familiar: Pessoas com parentes de primeiro grau diagnosticados com câncer de pâncreas ou intestino devem realizar exames regulares.
- Mutações genéticas: Portadores de mutações em genes como BRCA1, BRCA2 e outros associados a síndromes hereditárias têm maior risco e podem se beneficiar de um programa de rastreamento.
- Doenças pré-existentes: Condições como colite ulcerativa, doença de Crohn ou cirrose hepática aumentam a probabilidade de câncer gastrointestinal.
Indivíduos desses grupos não podem deixar de realizar o rastreamento regularmente, conferindo a frequência adequada para si com o seu médico.
No entanto, vale lembrar que qualquer pessoa pode ter câncer gastrointestinal e a prevenção é necessária para todos os indivíduos.
Como funciona o rastreamento?
Os métodos de rastreamento incluem exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, além de análises de sangue para identificar biomarcadores tumorais.
Exames como a colonoscopia também são necessários para prevenir e identificar precocemente certos tipos de tumores, como o câncer colorretal.
A importância da conscientização
A conscientização sobre os fatores de risco e os sinais de alerta é essencial para promover o diagnóstico precoce.
Muitas vezes, pacientes negligenciam sintomas iniciais ou não consideram o histórico familiar, atrasando a busca por atendimento médico.
Campanhas educativas podem ajudar a corrigir essa lacuna, incentivando a adoção de medidas preventivas e a realização de exames periódicos.
O papel do estadiamento no diagnóstico e tratamento
O estadiamento do câncer gastrointestinal é um processo fundamental para determinar a abordagem terapêutica mais eficaz.
Ele classifica a extensão da doença com base no sistema TNM (Tumor, Nódulo, Metástase), além de incluir fatores clínicos e histopatológicos.
Estágios iniciais (I e II)
Geralmente, a cirurgia é indicada, especialmente em tumores ressecáveis, como os de pâncreas e estômago.
Estágios III e IV
O tratamento muitas vezes prefere abordagens como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou terapia alvo molecular, por exemplo.
A cirurgia também é considerada em alguns casos.
O estadiamento não apenas orienta o tratamento, mas também ajuda a prever o prognóstico do paciente e planejar o acompanhamento a longo prazo.
O diagnóstico precoce de tumores gastrointestinais é muito importante para melhorar os resultados do tratamento. Sinais de alerta não devem ser ignorados, especialmente por indivíduos com fatores de risco significativos. Porém, os exames devem ser feitos regularmente, mesmo que não hajam sinais ou sintomas.
Converse com um médico oncologista sobre os métodos de rastreamento mais adequados ao seu caso!
Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico do Oncologistas Associados e Grupo Orizonti, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.
Leia também:
- Cresce o número de pacientes jovens com câncer: O que pode estar por trás?
- Como a medicina de precisão pode personalizar seu tratamento de saúde