(11) 94032-0613 Atendimento: Seg a Sex das 9h às 18h
espanhol ingles portugues

Imunoterapia vs. Quimioterapia: Uma Análise Detalhada dos Efeitos Colaterais e Eficácia

Postado em: 13/05/2025

A evolução da oncologia trouxe importantes alternativas à tradicional quimioterapia, sendo a Imunoterapia uma das mais promissoras. 

Imunoterapia vs. Quimioterapia - Uma Análise Detalhada dos Efeitos Colaterais e Eficácia
Imunoterapia vs. Quimioterapia: Uma Análise Detalhada dos Efeitos Colaterais e Eficácia 2

Embora ambas tenham o objetivo de combater o câncer, suas formas de atuação, perfil de efeitos colaterais e indicações clínicas são bastante distintas. 

Para pacientes e médicos, compreender essas diferenças é essencial para tomar decisões mais informadas sobre o plano de tratamento.

A seguir, confira uma análise sobre a quimio versus a imunoterapia para entender melhor essas abordagens!

Apresentando a quimioterapia e a imunoterapia

A quimioterapia é um tratamento consagrado, utilizado há décadas na oncologia

Ela atua diretamente sobre as células que se dividem rapidamente — uma característica comum das células cancerígenas, mas também presente em células saudáveis como as da medula óssea, mucosas e folículos capilares. 

Já a imunoterapia funciona de forma mais seletiva: ela remove os “freios” que o câncer impõe ao sistema imunológico, permitindo que as próprias células de defesa do organismo reconheçam e destruam o tumor.

Durante nossas consultas médicas, em minha atuação como oncologista, ajudo o paciente a entender a abordagem mais indicada para o seu caso.

Comparação de eficácia: cada caso com sua indicação

A eficácia dos dois tratamentos depende do tipo e estágio do câncer, bem como das características moleculares do tumor. 

A quimioterapia é especialmente eficaz em tumores que se dividem rapidamente, como leucemias agudas, linfomas agressivos e alguns tipos de câncer de pulmão e ovário, por exemplo. 

Além disso, ela ainda pode ser a melhor opção em tumores onde não há mutações acionáveis ou biomarcadores que permitam o uso de terapias alvo ou imunoterapia.

A “Imunoterapia”, por sua vez, tem demonstrado excelentes resultados em vários tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão não pequenas células, bexiga, rim e alguns subtipos de câncer de mama

Seu sucesso está frequentemente ligado à presença de biomarcadores como PD-L1 e alta carga mutacional.

Em muitos casos, a combinação de imunoterapia com quimioterapia tem sido a estratégia mais eficaz, potencializando a resposta tumoral e oferecendo maior controle da doença. 

Portanto, a escolha do tratamento deve levar em consideração o perfil biológico do tumor, exames moleculares e o estado geral do paciente.

Perfil de efeitos colaterais

A quimioterapia é conhecida por seus efeitos colaterais amplamente divulgados. 

Entre os mais comuns, destacam-se náuseas e vômitos, queda de cabelo, fadiga, mielossupressão (queda na produção de células sanguíneas) e mucosite (inflamação das mucosas).

Esses efeitos podem ocorrer porque a quimioterapia ataca tanto células tumorais quanto células saudáveis que se dividem rapidamente. Isso não significa que o paciente terá todos esses efeitos.

Além disso, hoje existem medicamentos para mitigar esses sintomas.

Não deixe de conversar com seu médico sobre qualquer dúvida ou insegurança em relação aos efeitos possíveis da quimioterapia. Você não estará sozinho para lidar com isso.

A imunoterapia, por outro lado, costuma ter um perfil de toxicidade diferente e, na maioria das vezes, mais leve. 

Seus efeitos adversos são resultado da ativação do sistema imunológico e podem incluir fadiga leve a moderada, rash cutâneo e coceira, diarreia leve, alterações na tireoide (hipotireoidismo) e eventos imunomediados, como pneumonite ou hepatite autoimune, que exigem vigilância clínica constante.

A imunoterapia não está isenta de riscos e pode, em casos mais raros, provocar reações que necessitam de intervenção com corticoides ou suspensão do tratamento.

Portanto, embora a imunoterapia represente um recurso extremamente valioso no tratamento do câncer, a quimioterapia continua sendo uma ferramenta fundamental em muitos casos, especialmente em contextos onde a biologia tumoral não favorece respostas imunes ou nos casos em que se busca uma resposta rápida. O tratamento deve ser sempre personalizado de acordo com as características de cada paciente e do seu tumor.

Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico dos Oncologistas Associados e Grupo Orizonti, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.

Leia também:

A Imunoterapia e o Sistema Imunológico: Entendendo a Ciência por Trás do Tratamento

Cresce o número de pacientes jovens com câncer: O que pode estar por trás?


O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.