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Saiba quais os efeitos colaterais da quimioterapia

Postado em: 09/05/2024

O câncer é um termo que abrange mais de 100 tipos diferentes de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células. Além disso, podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância.

Dessa forma, como dividem-se muito rapidamente, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis. Com este fato, há formação de tumores, que espalham-se para outras regiões do corpo.

Diante disso, a quimioterapia surge como uma forma de tratamento. Justamente para destruir as células doentes que formam o tumor.

Mas afinal, você sabe o que é quimioterapia? Como é feito o tratamento através dela?

O que é quimioterapia?

A quimioterapia consiste na utilização de substâncias para combater células doentes no organismo. Em oncologia, refere-se a aplicação de drogas anticancerígenas que interferem no ciclo das células tumorais, induzindo a morte das mesmas. Em outras palavras, a quimioterapia consiste no uso de medicamentos para o tratamento do câncer.

Dessa forma, ela pode ser administrada das mais variadas maneiras, das quais:

  • Via oral: Os medicamentos são em forma de cápsulas e comprimidos, ingeridos pela boca;
  • Intravenosa : Através de rede venosa dos braços do paciente;
  • Intramuscular: quando a medicação é feita nos músculos;
  • Subcutânea: aplicação é feita no tecido, abaixo da pele;
  • Intratecal: Remédio administrados no líquido que banha o sistema nervoso central;
  • Tópica: Através de cremes e pomadas;
  • Intra arterial: administra-se na artéria principal. Dessa forma, pelo sangue, ela atinge o tumor;
  • Intraperitoneal: medicamento é administrado na cavidade abdominal, por meio de um cateter implantado na parede do abdômen;
  • Intravesical: administrada através de uma sonda urinária. Assim, ela vai diretamente para dentro da bexiga.

Como resultado, a quimioterapia pode ainda ser recomendada como complemento a outros tipos de tratamento. Dessa forma, o paciente se submeterá a dois tratamentos paralelos. Esses outros tratamentos podem incluir radioterapia ou cirurgias.

Em relação ao método escolhido, vai depender do tumor e da frequência que a aplicação deverá ser realizada. Contudo, na maioria das vezes, ela é feita com intervenções a cada 3 semanas. Mas, isto não é regra.

Assim, surgem quatro tipos de quimioterapia, que usa-se, em maioria, como complemento a tratamentos que já estão sendo realizados.

Quimioterapia como terapia complementar

Como dito anteriormente, surgem quatro tipos de quimioterapia. São elas:

  1. Neoadjuvante: Usada antes do tratamento cirúrgico. Assim, tem como objetivo reduzir o tamanho do tumor e possibilita cirurgias mais conservadoras;
  2. Curativa: Usa-se de modo isolado, para doenças que curam-se apenas com quimioterapia;
  3. Paliativa: usa-se em pacientes em que o câncer não é mais curável, mas é possível controlar. Dessa forma, se oferece ao paciente qualidade de vida!
  4. Concomitante a radioterapia: Usa-se no intuito de potencializar os efeitos da radioterapia.

Contudo, o tratamento com quimioterapia pode causar alguns efeitos colaterais. A administração de quimioterápicos no corpo, além de matar as células cancerígenas, pode também atingir células saudáveis.

Dessa forma, vamos entender quais são os principais efeitos colaterais.

Efeitos colaterais da quimioterapia

Assim, esse ataque desenfreado as células, atingindo também as saudáveis, acaba provocando efeitos colaterais no paciente. E eles precisam ser ditos e conhecidos pelo indivíduo, antes de iniciar o tratamento quimioterápico.

Entre os possíveis efeitos provocados, temos os seguintes:

  • Fraqueza;
  • Queda de cabelo;
  • Feridas na boca;
  • Perda de sensibilidade nos pés e mãos;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Perda de peso.

Em suma, cada efeito colateral dependerá da quantidade, do remédio administrado e da condição clínica do paciente. Ou seja, cada medicamento tem a chance de trazer um efeito colateral diferente.

Outra situação é de que, mesmo que pacientes usem o mesmo remédio, os efeitos colaterais para um, podem ser diferentes para o outro, e não, necessariamente, iguais.

Cuidados básicos ao realizar a quimioterapia

Em síntese, durante o processo de tratamento com quimioterapia, não é necessário que o paciente modifique toda a sua rotina para realizar o tratamento. Contudo, algumas pequenas coisas devem ser alteradas.

Uma delas é a diminuição do ritmo de trabalho. É importante respeitar os limites psicológicos.

Outro cuidado importante é com a pele. Para pacientes em tratamento, a pele pode se tornar mais sensível por conta dos medicamentos quimioterápicos. Se todas as pessoas já devem usar protetor solar todos os dias, para os pacientes em tratamento quimioterápico essa prática deve ser reforçada!

Por fim, uma dica é conversar sempre com seu médico e com a equipe multidisciplinar que te assiste!

Vida durante e após o tratamento

Antes de mais nada, é preciso entender que é possível levar uma vida normal, se dedicando ao lazer e trabalho. Exceto em casos de internação, o tratamento não precisa impactar significativamente o dia a dia do paciente.

Assim também, o próprio corpo se encarrega de eliminar as substâncias medicamentosas utilizadas na quimioterapia. Isso ocorre principalmente por meio da urina, mas também pode acontecer pelas fezes, vômito, suor, lágrimas e sêmen.

Dessa maneira, conforme o paciente evolui no tratamento, a finalização  é feita pelo médico. Dependendo da intensidade do tratamento realizado, o indivíduo responde de forma diferente ao período pós-tratamento.

A vida após a quimioterapia deve ser encarada como uma nova fase, sendo essencial a presença da família e o equilíbrio físico e mental. Retornar a atividades como estudar, trabalhar e conviver com pessoas é de extrema importância.

Dúvidas frequentes sobre o tratamento

Quimioterapia dói? Em síntese, isso não deve acontecer. Contudo, alguns quimioterápicos podem causar sensação de queimação na região aplicada. Por este fato, o medicamento costuma ser diluído.

Toda quimioterapia faz cair o cabelo? Não necessariamente. Depende do tipo de medicamento utilizado. Porém, saiba que o fato de o cabelo cair não significa que o tratamento é mais agressivo.

Saiba mais sobre a quimioterapia, agende uma consulta com um especialista! 

Artigo escrito pelo Dr. Marcelo Cruz

Oncologista especialista em câncer de mama, pulmão, ovário, cólon e pâncreas.


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