Quais os primeiros sintomas de câncer de cólon?
Com o envelhecimento populacional, os casos de câncer de cólon e reto, também chamado de câncer de intestino, aumentaram no mundo todo. Esse é o segundo tipo de câncer com maior incidência de novos casos em homens e mulheres no Brasil, segundo dados de 2020 do INCA.
O desenvolvimento da doença pode iniciar com o surgimento de pólipos, que são tumores benignos que aparecem na parede interna do intestino ou do reto e, com o tempo, podem se tornar malignos.
Essa condição tende a surgir principalmente após os 50 anos de idade, quando a probabilidade de surgirem pólipos fica entre 18 e 36%, e costuma ter uma progressão lenta.
Com a detecção e retirada desses pólipos, se impede que a doença se desenvolva. E, assim como diversos cânceres, se descoberto num estágio inicial, o câncer no cólon e reto apresenta altas chances de cura.
Portanto, mesmo quem não tem os sintomas deve fazer os exames de rastreamento, para prevenção e detecção precoce do câncer de intestino, que inclusive é o tema da campanha realizada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia em setembro.
Sintomas e Fatores de Risco
Em fase inicial, geralmente a doença não apresenta sintomas, mas é essencial se atentar a alguns sinais característicos do câncer colorretal, que normalmente começa a se manifestar com a presença de sangue (claro ou escuro), às vezes imperceptível a olho nu, nas fezes.
Por isso, o primeiro sinal da doença pode se dar com a diminuição dos glóbulos vermelhos no exame de sangue e, para uma primeira triagem, se identifica a presença de sangue oculto nas fezes.
Caso positivo, deve ser feita a colonoscopia, um exame de imagem capaz de revelar a origem do sangramento, além de possibilitar a retirada de pólipos e realizar biópsia de lesões suspeitas.
Em alguns casos, também pode ser solicitado o exame de radiografia com contraste, a fim de visualizar as paredes do intestino, permitindo identificar possíveis anomalias.
Os principais sintomas para ficar alerta são:
- Alterações repentinas do hábito intestinal;
- Diarreia e prisão de ventre que ocorrem alternadamente;
- Dor na evacuação;
- Fezes mais finas e compridas;
- Flatulência frequente;
- Desconforto abdominal, dor ou cólicas;
- Sensação de constipação intestinal;
- Fraqueza e anemia;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Cansaço constante.
Vale ressaltar que esses sintomas também podem ser causados por diversas outras doenças gastrointestinais, como úlceras, hemorróidas, síndrome do intestino irritável ou inflamação no cólon.
Ou seja, a manifestação de um ou mais desses sinais nem sempre significa que se trata de câncer de cólon e reto, mas são indicativos importantes para procurar um médico e buscar o correto diagnóstico.
O fato é que ainda não se sabe as causas exatas para o desenvolvimento dessa condição, mas existem alguns fatores que influenciam no seu desenvolvimento:
- Idade a partir de 50 anos;
- Sobrepeso corporal;
- Histórico familiar ou pessoal de câncer de intestino, ovário, mama ou útero;
- Má alimentação, dietas pobres em fibras e vegetais, excesso de carne vermelha;
- Consumo frequente de carnes processadas, como salsicha, mortadela, peito de peru, presunto, bacon, salame, etc.;
- Constipação intestinal ou contato prolongado das fezes com a parede intestinal;
- Pólipos;
- Ser fumante ou abusar do consumo de bebidas alcoólicas;
- Doenças inflamatórias, como doença de Crohn e colite ulcerativa;
- Doenças hereditárias: pessoas que herdaram mutações genéticas de doenças, como síndrome de Lynch, retocolite ulcerativa e polipose adenomatosa familiar.
Tratamento câncer de cólon
A indicação do melhor tratamento para o câncer de cólon pelo médico irá depender de alguns aspectos, como a extensão da doença, idade do paciente, seu histórico e estado de saúde. Basicamente, existem quatro tipos de tratamento para o câncer de cólon e reto, que podem ser adotados de forma única ou combinados entre si:
- Cirurgia;
- Quimioterapia;
- Radioterapia;
- Imunoterapia.
A cirurgia, na maioria dos casos, permite a retirada da parte acometida do intestino, num procedimento chamado ressecção do intestino.
As sessões de radioterapia geralmente são aplicadas no pré ou no pós-operatório, sendo um método mais comumente utilizado nos casos de câncer de reto ou quando o tumor está localizado muito próximo ao ânus, o que impossibilita a sua retirada por meio de cirurgia. Esse procedimento costuma ser bastante eficaz para evitar a regressão da doença.
Já as sessões de quimioterapia são mais indicadas para os pacientes que se encontram em estágio moderado do câncer e normalmente propicia bons resultados.
E, por fim, a imunoterapia, que se trata de uma terapia biológica para estimular e fortalecer o sistema imunológico do paciente, sendo indicada como parte do tratamento, juntamente com a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
De qualquer forma, é importante ter em mente que existem tratamentos eficazes disponíveis para esse quadro e as chances de cura são significativamente maiores com o diagnóstico precoce. Portanto, se você tem um ou alguns dos sintomas descritos, procure um especialista para fazer uma avaliação o quanto antes.
E, principalmente para os indivíduos com mais de 50 anos, é fundamental realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes e/ou a colonoscopia periodicamente, uma vez que muitas pessoas podem não apresentar sinais do problema.
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