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Quais os primeiros sintomas de câncer de ovário?

Postado em: 23/05/2021

O câncer de ovário se trata de uma doença silenciosa. Ela é capaz de se esconder atrás de sintomas difusos e até dos exames. O fato é que esta condição apresenta sintomas, mas eles só aparecem quando a doença já está instalada e, além disso, podem ser facilmente confundidos com outros quadros, ou ainda serem muito discretos e fáceis de ignorar.

Isso acaba permitindo que a condição progrida, contribuindo para um diagnóstico tardio, o que pode dificultar significativamente o seu tratamento.

E ainda vale ressaltar que o câncer de ovário é considerado o segundo tumor ginecológico que mais acomete as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de colo do útero, sendo também o que apresenta a maior taxa de mortalidade dentre eles. 

Essa doença se manifesta principalmente após a menopausa, mas também pode surgir em mulheres jovens em idade reprodutiva.

Existem fatores de risco que podem estar associados ao surgimento do câncer de ovário, como causas de origem genética, hormonal e ambiental. Entretanto, o fator isolado com maior peso ainda é o histórico familiar, principalmente quando se trata de parentes de primeiro grau, em que é constatado em cerca de 10% dos casos. 

Ademais, mulheres que não tiveram filhos, nunca amamentaram, tiveram menopausa tardia ou primeira menstruação precoce, estão acima do peso ou são obesas, fumam, são sedentárias e com histórico de câncer de mama, por exemplo, também têm maiores chances de desenvolverem a doença.

Primeiros sintomas

Ainda que na maioria das vezes o câncer de ovário não apresente sintomas no início, existem alguns sinais de alerta que são característicos dessa condição:

  • Dores abdominais ou pélvicas frequentes;
  • Sensação de inchaço constante e aumento do volume abdominal;
  • Prisão de ventre;
  • Náuseas frequentes e sensação de saciedade mesmo comendo menos;
  • Problemas gastrointestinais (gases, inchaço, constipação ou diarreia);
  • Urinar com mais frequência;
  • Menstruação irregular;
  • Dor durante o sexo;
  • Azia e refluxo intensos;
  • Dor nas costas;
  • Cansaço constante;
  • Perda de peso sem causa aparente.

Como os sintomas são comuns a outras diversas condições, é importante que se conheça o próprio corpo para que a mulher possa perceber quaisquer alterações ou sintomas o quanto antes, além de manter a periodicidade nas consultas ao ginecologista e a realização dos exames de rotina. Mesmo com alguns dos sintomas, ainda são baixas as chances de ser algo mais grave, como o câncer de ovário, mas em todo caso é preciso investigar.

Tem cura?

O tratamento para o câncer de ovário evoluiu bastante nos últimos anos. Com o diagnóstico precoce, geralmente é indicada a cirurgia de remoção da glândula ou, dependendo da progressão, das estruturas comprometidas. E, com uma operação bem-sucedida associada, algumas vezes, a sessões de quimioterapia, normalmente o paciente ganha muitos anos pela frente. 

Em estágios mais avançados, quando há metástase em maiores proporções, o tratamento do câncer de ovário exige, além da cirurgia, uma quimioterapia mais intensa, a fim de reduzir o volume e a extensão do tumor, e o uso de outros medicamentos. 

O fato é que quanto antes for realizado o diagnóstico, maiores são as expectativas e a qualidade de vida do paciente. E, infelizmente, em torno de 75% dos casos que chegam ao consultório já se encontram em estágio avançado.

Após o tratamento, é imprescindível que a paciente mantenha um acompanhamento médico periódico, para prever e evitar uma possível recidiva da doença.  

De forma geral, o diagnóstico é feito a partir do relato dos sintomas, levantamento do histórico de saúde tanto pessoal quanto familiar e o exame clínico. 

Caso a consulta seja com um ginecologista, o médico fará o exame completo, envolvendo a palpação do abdômen, o que contribui para identificar alguma região endurecida, tumor, inchaço ou a típica ascite, que é o acúmulo de líquido no local. 

Então, são solicitados outros exames laboratoriais e de imagem, para ter a confirmação do diagnóstico, como a medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 e ultrassonografia pélvica e de abdômen total, que são indispensáveis nesse processo. 

Também pode ser realizada a laparoscopia exploratória com a biópsia do tumor, um exame que permite observar a extensão da doença para outros órgãos e áreas.

Em casos mais avançados, podem ser pedidos outros exames, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e avaliação das funções hepática e renal.

Posso optar pela remoção dos ovários para evitar o câncer?

Essa é uma dúvida que surge em algumas mulheres, principalmente aquelas que apresentam um alto risco de desenvolver a doença. Num primeiro momento, a remoção dos ovários, denominada ooforectomia profilática, pode ser considerada uma opção para pacientes que, além de apresentarem altas chances de ter câncer, já tenham tido filhos e estejam próximas da menopausa. 

Para saber se você é uma candidata a esse procedimento, é necessário realizar testes genéticos, a fim de identificar o seu grau de risco, e determinar, juntamente com o seu médico, se de fato existe essa indicação cirúrgica.

Quer saber mais sobre esse assunto? Entre em contato e agende uma consulta.


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