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Radioterapia: quando ela é indicada?

Postado em: 30/10/2020

A radioterapia é um tipo de tratamento para o câncer que utiliza radiações ionizantes para alterar o tecido humano. 

Esse tratamento pode ser neoadjuvante, adjuvante, curativo e paliativo, variando de acordo com a situação de cada paciente. 

Tipos de radioterapia

Existem basicamente quatro tipos de radioterapia. São elas:

  • Neoadjuvante: com o intuito de diminuir o volume do tumor, facilitando uma posterior cirurgia e fazendo com que ela seja menos agressiva. 
  • Adjuvante: é realizado quando já foi feito um tratamento anterior, seja quimio ou cirurgia, e a radioterapia serve como uma forma de reforçar o resultado. 
  • Curativo: é quando a radioterapia é considerada a principal forma de tratamento.
  • Paliativo: tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente por meio da diminuição da dor, sangramento e outros sintomas.

Para quem ela é indicada?

De maneira geral podemos dizer que, isoladamente, a radioterapia está indicada para tumores iniciais sensíveis ao tratamento e, portanto, com alta probabilidade de cura, como tumores de pele, laringe e linfoma de Hodgkin.

O tratamento também pode ser utilizado para os pacientes que não têm condições clínicas para realizar uma cirurgia, devido a cardiopatias ou pneumopatias severas. Outra situação em que o uso é exclusivo da radioterapia são para os tumores considerados irressecáveis, seja pela sua localização desfavorável ou pela grande infiltração tumoral que inviabiliza qualquer procedimento cirúrgico para a sua retirada. 

Alguns exemplos dessas situações são: tumores localizados em áreas profundas do cérebro e tumores que infiltram grandes vasos sanguíneos (tumor de pulmão avançado) ou que estejam aderidos aos órgãos e ossos (tumor de colo uterino avançado).

Quais os possíveis efeitos da radioterapia?

A intensidade dos efeitos da radioterapia pode variar de acordo com diversos fatores, como a dose do tratamento, a parte do corpo tratada, a extensão da área irradiada, o tipo de radiação e o aparelho utilizado, e a adesão do paciente às orientações de cuidados durante o tratamento. 

Normalmente eles aparecem a partir da terceira semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento. Sendo assim, podemos dizer que os efeitos indesejáveis mais frequentes são:

  • Perda de apetite e dificuldade para ingerir alimentos: é recomendável comer alimentos leves, em poucas quantidades e em mais vezes. Em alguns casos, a saliva torna-se mais espessa e altera o sabor dos alimentos, mas ao final do tratamento o paladar irá melhorar. 
  • Cansaço: o paciente deve intercalar as atividades cotidianas com períodos de descanso. 
  • Reação da pele: a pele que recebe radiação poderá coçar, ficar vermelha, irritada, queimada, tornando-se seca e escamosa. É importante informar ao médico quando houver febre igual ou acima de 38°C, dores, assaduras, bolhas e secreção na pele. 

Caso tenha alguma dúvida sobre os tipos de tratamento para o câncer, entre em contato conosco!

Artigo escrito pelo Dr. Marcelo Cruz

Oncologista especialista em câncer de mama, pulmão, ovário, cólon e pâncreas


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