imagem que representa a logomarca

Atendimento
Seg a Sex das 9h às 18h

Imunoterapia: Quando é indicada?

A imunoterapia é um tratamento contra o câncer com o objetivo de combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. Com o uso de medicamentos, o organismo do paciente pode passar a ser capaz de combater o câncer sozinho. 

Esse tratamento é considerado o principal avanço já alcançado para o combate do câncer, de acordo com especialistas.

Desenvolvimento da imunoterapia 

Nos anos 80, a imuno-oncologia, usou as citoquinas no tratamento de uma série de doenças oncológicas. Elas são substâncias envolvidas na comunicação entre as células de defesa do organismo. 

Os principais representantes dessa classe de drogas são interferon e interleucina, que foram incorporados aos tratamentos de uma série de doenças. Infelizmente, os resultados alcançados com a modulação da resposta imunológica e o alto grau de toxicidade dos tratamentos trouxeram grande frustração.

A recente descoberta dos inibidores de checkpoint é responsável pelo crescente otimismo dos oncologistas na luta contra o câncer.

São medicamentos capazes de restaurar a capacidade do organismo de reconhecer e destruir as células tumorais, impedindo que sejam toleradas pelas células de defesa do corpo. 

Esses medicamentos vêm apresentando grande eficácia no tratamento de uma série de diferentes câncer.

Como funciona a imunoterapia?

A imunoterapia dependendo do tipo de doença e do seu grau de desenvolvimento pode funcionar de formas diferentes, sendo elas:

  • Estimular o sistema imune para que combata a doença com mais intensidade, sendo mais eficiente;
  • Fornecer as proteínas que tornam o sistema imune mais eficaz para cada tipo de doença.

Como a imunoterapia apenas estimula o sistema imunológico, não é capaz de tratar rapidamente os sintomas da doença e, por isso, o médico pode associar outros medicamentos, como anti-inflamatórios, corticoides ou analgésicos, para diminuir o desconforto.

Tipos de imunoterapia

Neste momento estão sendo estudadas quatro formas de aplicar a imunoterapia:

Vacinas contra o câncer

No caso das vacinas, o médico recolhe algumas células tumorais e depois altera-as em laboratório para que sejam menos agressivas. Por fim, essas células são novamente injetadas no corpo do paciente, sob a forma de vacina, para estimular o sistema imune a combater o câncer com maior eficácia.

É o caso da vacina contra o HPV, capaz de impedir que o corpo desenvolva tipos de câncer agressivos, como o câncer de colo de útero e o câncer de cólon e reto.

A vacina contra a hepatite B, capaz de frear a doença, que tem o câncer como uma de suas complicações, também é um exemplo de imunoterapia contra o câncer de fígado.

Células T adotivas

Esse tratamento consiste em que o médico recolha células T que estão atacando o tumor ou a inflamação do corpo e depois analise a amostra em laboratório para identificar aquelas que estão contribuindo mais para a cura.

Após análise, os genes dessas células são modificados para tornar as células T ainda mais fortes, devolvendo-as ao corpo para combater mais facilmente a doença.

Inibidores de checkpoint

O corpo possui um sistema de defesa que utiliza checkpoints para identificar as células saudáveis e evitar que o sistema imune as destrua. No entanto, o câncer também pode utilizar este sistema para disfarçar as células cancerígenas de células saudáveis, impedindo que o sistema imune seja capaz de o eliminar.

Neste tipo de imunoterapia, os médicos utilizam medicamentos em sítios específicos para inibir esse sistema nas células do câncer, permitindo que o sistema imune as volte a identificar e eliminar. Este tipo de tratamento tem sido feito principalmente em câncer de pele, pulmão, bexiga, rins e cabeça.

Anticorpos monoclonais

Estes anticorpos são criados em laboratório para conseguirem reconhecer mais facilmente células tumorais e marcá-las, para que o sistema imune consiga eliminá-las. Além disso, alguns destes anticorpos podem carregar substâncias, como quimioterapia ou moléculas radioativas, que permitem evitar o crescimento do tumor. 

Quando a imunoterapia é indicada?

A imunoterapia ainda é uma terapia em estudo e, por isso, é um tratamento que é indicado quando: 

  • A doença provoca sintoma graves que interferem nas atividades do dia-a-dia; 
  • A doença põe em risco a vida do paciente; 
  • Os restantes tratamentos disponíveis não são eficazes contra a doença.

Além disso, a imunoterapia também é indicada nos casos em que os tratamentos disponíveis provocam efeitos colaterais muito intensos ou graves, que podem colocar em risco a vida.

Imunoterapia e efeitos colaterais

Os efeitos colaterais da imunoterapia podem variar de acordo com o tipo de terapia utilizada, assim como o tipo da doença e a fase do seu desenvolvimento. Porém, os efeitos colaterais mais frequentes incluem cansaço excessivo, febre persistente, dor de cabeça, náuseas, tonturas e dor muscular.

Tratamento 

O tempo de tratamento da pessoa com imunoterapia dependerá da eficácia que as drogas estão mostrando no combate ao câncer e da tolerância da pessoa ao tratamento. Nos estudos, elas têm sido usadas normalmente por até dois anos, mas a duração ideal do tratamento ainda não foi estabelecida

Onde pode ser feito o tratamento com imunoterapia?

A imunoterapia é uma opção que pode ser sugerida pelo médico que está orientando o tratamento de cada tipo de doença e, por isso, sempre que necessária, é feita pelo médico especialista da área.

Assim, no caso do câncer, por exemplo, a imunoterapia pode ser feita nos institutos de oncologia, mas no caso de doenças da pele, ela já deve ser feita por um dermatologista e no caso de alergia respiratória o médico mais indicado é o alergologista.

Saiba diferenciar quimioterapia, radioterapia e imunoterapia 

A quimioterapia é um tipo de tratamento que introduz compostos químicos, os chamados quimioterápicos, na circulação sanguínea para combater o câncer. O mecanismo de ação depende de cada quimioterápico e atualmente existem diversos tipos.

A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais utilizando um feixe de radiações ionizantes no local em que o tumor está, ou seja, trata-se de um tratamento local. Normalmente os efeitos colaterais da radioterapia são mais brandos que os da quimioterapia.

Já a imunoterapia trabalha fortalecendo o sistema imunológico, ou seja, ela não destrói as células tumorais diretamente, mas sim estimula o próprio sistema imunológico da pessoa para que ele faça isso.

Quer saber mais sobre a imunoterapia? Agende sua consulta.

Artigo escrito pelo Dr. Marcelo Cruz

Oncologista especialista em câncer de mama, pulmão, ovário, cólon e pâncreas


O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 4.3 / 5. Número de votos: 48

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.