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Quanto tempo a radioterapia age no organismo: efeitos e resposta ao tratamento

Postado em: 09/05/2024

O tratamento contra o câncer pode incluir cirurgia para remover a parte afetada do órgão, quimioterapia com medicamentos e radioterapia, que é o uso de radiação.

Esse último é um dos principais tratamentos utilizados no combate ao câncer. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 60 a 70% dos pacientes com diagnóstico de câncer passam por essa terapia em algum momento.

Tumores de mama, próstata, colo de útero, pulmão e reto, além das metástases, são alguns tipos que têm a radioterapia como um dos pilares do tratamento.

Essas estratégias são utilizadas para diminuir a possibilidade de retorno do tumor, variando conforme o tamanho, localização e extensão do câncer.

A seguir, entenda mais detalhes deste tratamento: o que é, tipos, como funciona e efeitos colaterais. Não deixe de ler!

radioterapia age no organismo

O que é radioterapia?

A radioterapia é uma forma de tratamento local do câncer. A terapia utiliza radiações ionizantes para destruir ou impedir o crescimento das células anormais que formam um tumor.

Além disso, visa controlar sangramentos, dores e reduzir tumores que estejam comprimindo outros órgãos. Durante as aplicações, a radiação permanece invisível e indolor.

Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas atualmente são as eletromagnéticas (raios X ou raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia).

A quantidade de sessões e a duração do tratamento podem variar dependendo do tipo de câncer, estágio da doença e do plano de tratamento definido pelo médico radioterapeuta, ou radio-oncologista.

A radioterapia é sempre cuidadosamente planejada para preservar ao máximo os tecidos saudáveis. No entanto, há situações em que esses tecidos podem ser afetados pelo tratamento, causando possíveis efeitos colaterais.

Embora as células normais possam ser atingidas e danificadas pela radiação, geralmente elas podem se reparar, ao contrário das células cancerosas. 

Em alguns casos, a radioterapia pode ser empregada em conjunto com a quimioterapia, que utiliza medicamentos específicos contra o câncer. A decisão sobre a melhor abordagem terapêutica depende do tipo de tumor e das condições de saúde do paciente.

Objetivos da radioterapia

A radioterapia pode ser utilizada para o tratamento do câncer com diferentes objetivos.

Neoadjuvante: para reduzir o volume do tumor, com objetivo de facilitar a cirurgia, preservar membros e permitir que a cirurgia seja menos mutiladora. Usada em tumores em reto baixo, sarcomas de partes moles e estômago.

Adjuvante: quando a radioterapia é realizada isolada ou associada à quimioterapia após a  cirurgia. Aplicada em regiões como pulmão, mama, colo e útero, esôfago, entre outras.

Curativa: quando a radioterapia desempenha papel central no combate ao câncer, podendo ser associada à quimioterapia ou utilizada em casos nos quais a cirurgia não é possível ou muito arriscada para o paciente.

Aplicada em áreas da cabeça e pescoço, tumores localmente avançados do colo e corpo uterino, canal anal, pulmão e esôfago.

Paliativa: para melhorar a qualidade de vida do paciente oncológico, aliviando dores, reduzindo sangramento e outros sintomas.

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais da radioterapia estão relacionados com a área do corpo irradiada, a dose administrada, o tipo de radiação e a capacidade das células saudáveis em reparar o dano.

Como esses efeitos são cumulativos, as reações podem iniciar ao redor da terceira semana de tratamento.

Nesta fase começa a se instalar um processo inflamatório e, dependendo da estrutura envolvida, podem ocorrer alguns efeitos colaterais específicos.

Para alguns pacientes os efeitos colaterais são leves, enquanto outros experimentam efeitos mais graves. Os mais comuns são:

  • Fadiga: sensação de cansaço intenso e falta de energia.
  • Problemas de pele: a área tratada pode ficar sensível, avermelhada, ressecada, com descamação ou irritação. Para melhorar, evite a exposição ao sol e o uso de cremes ou pomadas sem autorização médica.
  • Mudanças no apetite e digestão: pode causar náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre.
  • Queda de cabelo: somente se a irradiação for na região da cabeça, já que a ação da radioterapia acontece apenas no local tratado.
  • Alterações na função sexual: tanto em homens quanto em mulheres.

Podem surgir outros sinais a depender da região que será irradiada, que são, em geral, transitórios, com incidência somente durante o tratamento, podendo incluir: boca seca, dor para engolir, azia, cólica e ardência para urinar.

Cada paciente é único, portanto, os cuidados a ter depois de fazer radioterapia precisam ser discutidos e personalizados em conjunto com a equipe médica responsável, levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente.

Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico dos Oncologistas Associados, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.

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