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Radioterapia para mama: Abordagens terapêuticas e cuidados no tratamento

Postado em: 24/01/2024

A Radioterapia para o câncer de mama utiliza raios X de alta energia, prótons ou partículas para matar as células cancerígenas, concentrando-se principalmente nas de crescimento rápido.

As partículas ou raios X empregados na radioterapia para tratar o tumor são indolores e invisíveis, não conferindo radioatividade ao usuário. Essa característica assegura a segurança do paciente em todas as idades, inclusive em crianças.

Radioterapia para mama: Abordagens terapêuticas e cuidados no tratamento

Existem duas modalidades principais de radioterapia para câncer de mama:

Radiação externa: utiliza uma máquina que emite radiação de fora do corpo para o seio. Tipo mais comum de radioterapia usada no tratamento do câncer de mama.

Radiação interna (braquiterapia): após a remoção cirúrgica do câncer, um dispositivo temporário de administração de radiação é colocado na área afetada. Uma fonte radioativa é colocada no dispositivo por curtos períodos de tempo durante o tratamento.

A radioterapia pode ser usada para tratar quase todos os estágios do câncer de mama, revelando-se eficaz na redução do risco de recorrência após a cirurgia. Além disso, é uma opção para aliviar sintomas causados ​​por metástases em outras partes do corpo (câncer de mama metastático).

Por que realizar radioterapia para tratar o câncer de mama?

A radioterapia destaca-se como uma estratégia eficaz na eliminação das células cancerígenas. Após a cirurgia, esse método pode ser utilizado para diminuir o risco de recorrência do câncer de mama, além de proporcionar alívio da dor e outros sintomas em estágios avançados da doença.

Radioterapia após mastectomia

Em casos de mastectomia ou cirurgia conservadora da mama, o oncologista pode recomendar a radioterapia para erradicar eventuais células cancerígenas remanescentes. 

A combinação da mastectomia com a radioterapia é conhecida como terapia de conservação da mama e apresenta eficácia equivalente à remoção total do tecido mamário. Em casos específicos com baixo risco de recorrência, o médico pode considerar a possibilidade de não realizar a radioterapia após a cirurgia.

Após a mastectomia, as opções de tratamento por radiação incluem:

  • Radiação para toda a mama: uma das formas mais comuns de radioterapia pós-mastectomia é a radiação externa de toda a mama (irradiação de toda a mama).
  • Radiação para parte da mama: essa técnica, conhecida como irradiação parcial da mama, pode ser uma alternativa para certos tipos de câncer de mama em estágio inicial. Ela direciona a radiação, seja interna ou externa, para a área ao redor do câncer que foi removido.

Radioterapia pós-mastectomia: estratégia preventiva e de controle 

A radioterapia depois da mastectomia tem como objetivo também eliminar possíveis células cancerígenas remanescentes, reduzindo assim o risco de recorrência do tumor nos tecidos da parede torácica e gânglios linfáticos. Para determinar a necessidade dessa abordagem, o médico avalia:

  • Gânglios linfáticos afetados: se os gânglios axilares apresentam sinais de câncer de mama, indicando possível disseminação além da mama.
  • Tamanho do tumor: cânceres maiores que 5 centímetros têm maior chance de recorrência.
  • Margens de tecido: após a remoção do tecido mamário, margens estreitas ou com resultado positivo para células cancerígenas são considerados fatores de risco para recorrência.

Radioterapia para câncer de mama localmente avançado

A radioterapia pode ser usada ainda para tratar:

  • Câncer de mama que não pode ser removido com cirurgia.
  • Câncer de mama inflamatório: um tipo agressivo de câncer que se dissemina pelos canais linfáticos da pele que cobre a mama. Este tipo de tumor é tratado normalmente com quimioterapia antes da mastectomia, seguida de radioterapia para diminuir o risco de recorrência.
  • Radiação para o tratamento do câncer de mama metastático: se o câncer de mama se espalhou para outras partes do corpo, a radioterapia pode ser recomendada para reduzir o câncer e auxiliar no controle da dor. 

Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico dos Oncologistas Associados, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.

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