Câncer de mama: Quais os sintomas mais comuns?
Postado em: 31/07/2024
Toda mulher deve conhecer e estar atenta aos sintomas do câncer de mama, uma vez que é o tipo mais comum para esse gênero no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma. Hoje, vou responder a pergunta “ Câncer de Mama: Quais os Sintomas Mais Comuns?”.
Esse câncer também pode acometer os homens, porém isso é raro, representando apenas 1% dos casos da doença.
Continue a leitura para mais informações. Vamos lá?
Entendendo o câncer de mama
O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas a partir dessa idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020 estimaram-se 66.280 novos casos.
A realização de mamografias anuais é fundamental para o diagnóstico precoce.
Quando o câncer é descoberto em seus estágios iniciais, há mais chances de tratamento e de um bom prognóstico.
Fatores de risco do câncer de mama
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença, sendo que cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos.
No entanto, outro fator decisivo é o histórico familiar. Se a paciente tem algum caso da doença na família, ela deve iniciar as mamografias anuais dez anos antes do caso familiar mais precoce.
Ou seja, se a avó foi diagnosticada aos 40 anos, a paciente deve começar os exames de rastreamento aos 30.
Além da idade e do histórico familiar, podemos pontuar outros fatores de risco do câncer de mama. São eles:
- Menstruação precoce;
- Menopausa tardia;
- Ausência de gravidez;
- Obesidade;
- Colesterol alto;
- Reposição hormonal;
- Lesões anteriores, ainda que benignas, como cistos e calcificações na mama;
- Tumor de mama anterior.
Prevenção do câncer de mama
É comprovado que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com hábitos saudáveis no dia a dia, como:
- Praticar atividade física regularmente;
- Alimentação saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Amamentar;
- Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.
Vale lembrar que não ter amamentado não é fator de risco para o câncer de mama, porém amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção.
Assim, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, o que é diferente de significar fator de risco.
Câncer de mama: quais os sintomas?
Para responder a pergunta “Câncer de Mama: Quais os Sintomas?”, é preciso saber que eles podem ser diversos, variando de acordo com o tumor – tamanho, tipo e estágio.
Ausência de sintomas
Um ponto muito importante se saber é que, na maioria dos casos, o câncer de mama não apresenta sintomas nos estágios iniciais, começando a se desenvolver de forma silenciosa.
Dessa forma, não percebemos sinais nem indícios sem fazer os devidos exames regulares. Não basta, portanto, realizar a prática do autoexame, pois ela não dá a garantia de que a doença realmente é inexistente.
Possíveis sintomas comuns
Quando os sintomas começam a aparecer, os mais comuns e conhecidos são a presença de um nódulo indolor no seio e o endurecido da mama.
Embora a dor mamária seja um sintoma comum, mais frequentemente associado às alterações hormonais ou à mastite, há um tipo raro de câncer de mama que se apresenta como uma inflamação.
Qualquer sintoma desse tipo deve ser relatado ao médico para investigação.
O câncer também pode se manifestar como um edema cutâneo: uma irritação, abaulamento ou inchaço total ou parcial de uma das mamas, mesmo que o nódulo não seja palpável.
Esse caso caracteriza-se pela retração da pele, que fica com aspecto de casca de laranja.
A secreção papilar é outro indício possível. Ela é uma liberação espontânea de líquido pelo mamilo, especialmente quando se trata de uma secreção sanguinolenta, escura ou serosa.
A saída de líquido é ainda mais suspeita quando é unilateral, ocorrendo em apenas uma das mamas.
Outra possibilidade é ocorrer o espessamento ou retração da pele nessa região, ou até a inversão do mamilo.
Outros casos apresentam descamação e ulceração, formação de crostas ou feridas, entre outras.
O eritema na pele, ou seja, quando esta apresenta a cor vermelha intensa e é quente ao toque, também pode se considerado um sinal da doença.
Em estágios mais avançados, é possível que aconteça a abertura de uma ferida na mama.
Os tumores de estágio 3 e 4 frequentemente acometem glândulas linfáticas das axilas, causando a sensação de nódulo na mesma, os linfonodos.
Outras alterações nas mamas e mamilos devem ser analisadas por um profissional especializado na área.
Dentre elas, podemos citar coceira, mudança na coloração ou forma do mamilo ou auréola, veias aumentadas e mais evidentes, além de afundamento na mama.
É essencial que as mulheres observem suas mamas sempre quando se sentirem confortáveis, como no banho, nas trocas de roupas, etc.
Tratamento do câncer de mama
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor e pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Estágio 1 e 2
Nas fases iniciais do câncer de mama, pode ser feita a cirurgia da retirada apenas do tumor ou mastectomia, retirada da mama, sendo parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária.
Estágio 3
Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda localizados, enquadram-se no estágio 3.
Nesse caso, o tratamento sistêmico, na maioria das vezes, com quimioterapia é a opção inicial.
Após a redução do tumor promovida pela quimioterapia, segue-se com o tratamento local, sendo a cirurgia e a radioterapia.
Estágio 4
Nessa fase, em que pode já haver metástase, é fundamental buscar o equilíbrio com o controle da doença.
A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais seja qual for o estágio da doença.
Quer saber mais sobre o câncer de mama? Agende sua consulta.
Dr. Marcelo Cruz é médico pela UNICAMP, oncologista clínico dos Oncologistas Associados e Grupo Orizonti, Fellow do Programa de Desenvolvimento de Novas Terapias (Developmental Therapeutics Program), Mestre em Pesquisa Clínica pela Feinberg School of Medicine Northwestern University, Chicago – EUA.
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